Leia Lucas 2.22-40

Pois os meus olhos já viram a tua salvação, que preparaste à vista de todos os povos. (LUCAS 2.30-31)

Ter filhos é duro, e para marinheiros de primeira viagem a tarefa traz um peso extra de dificuldade. Tudo é novidade — desde sentir as primeiras vibrações da vida no útero, segurar e ver seu filho pela primeira vez, até o primeiro banho, as primeiras mamadas, as primeiras palavras, os primeiros passos. São tantas primeiras vezes!

Imagine como foi para José e Maria a viagem com seu recém-nascido, de Belém para Jerusalém. A jornada teria levado algumas horas de caminhada. Em fiel obediência, viajaram pela primeira vez como pais novatos, participando do costume de dedicarem a si mesmos e a seu filho a Deus.

Tudo corria de acordo com o costume, até que o justo e devoto Simeão chegou. Ele estivera esperando a libertação de Israel e, ao entrar nos pátios do templo, ele a experimentou pela primeira vez. Naquele momento, Deus cumpriu sua promessa de que Simeão viveria para ver o Messias. Ao ver o menino Jesus, ele soube.

E Simeão não apenas o viu — ele o segurou nos braços. Naquele momento, ele compreendeu de forma tangível que a salvação de Deus anunciada pelos profetas seria não só algo de escala global, mas também íntimo e pessoal. A salvação em si fora encarnada naquele bebê que arrulhava e se agitava em seus braços. Enquanto Simeão adorava e falava da salvação de Deus, Maria e José se maravilhavam, provavelmente lembrando-se da instrução dos anjos de que deveriam chamar a seu filho de Jesus, nome que falava da salvação de Deus.

Enquanto Simeão falava com Maria, Ana aproximou-se deles e confirmou o cântico profético de adoração de Simeão, ela própria também louvando a Deus. Por décadas, toda a vida de Ana se concentrara em adorar a Deus, orar e jejuar. Ao ver Jesus, Ana soube. Ela soube que esta era a criança que eles estiveram esperando para redimir o povo de Deus, de modo que ela falou de Jesus para todos que quisessem ouvir. A luz prometida às nações tinha chegado.

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Em Maria e José, em Simeão e Ana, vemos vislumbres de como é essa devoção a Deus e um viver piedoso. Vemos obediência e fé, disciplina e dedicação, espera e adoração. Eles viram o Emanuel. Eles o seguraram nos braços. Eles conheceram o Emanuel. E falaram dele.

Ao celebrarmos o Emanuel, neste Advento, andemos em obediência fiel, como Maria e José andaram. Vamos ser como Simeão e colocar em prática a atitude de sermos devotos, retos e adoradores. Vamos orar, jejuar e falar de Jesus a todos que ouvirem, como fez Ana. Não há redenção em nenhum outro nome.

Kristie Anyabwile é autora de Literarily: How Understanding Bible Genres Transforms Bible Study e editora de His Testimonies, My Heritage.

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