De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo: "Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor".
Lucas 2.13-14
Em Lucas 2.13, testemunhamos um grupo de anjos suspensos no céu noturno, enquanto cantam uma declaração de louvor pela chegada de Cristo à terra como uma criança. Quão maravilhoso deve ter sido ouvir os brados de celebração que enchiam o ar de forma vibrante, em uma demonstração de honra pelo Deus que se fez carne. Embora possamos apenas imaginar quais sons celestiais encheram o céu daquela noite, uma conhecida peça musical procura nos oferecer um vislumbre [do que foi]: o famoso coro “Aleluia”, do Messias de Handel. Nele, um coro de anjos dá boas-vindas à presença e ao poder de Cristo, acompanhado por uma sinfonia que é apreciada há séculos; uma representação terrena do som daquela noite santa.
A celebração daquela noite, há mais de 2 mil anos, é uma antecipação do que está por vir: a celebração que irromperá quando o Cordeiro, alvo como a neve, sentar-se à cabeceira da mesa, esperando a chegada de sua convidada, a noiva. Em Apocalipse 19, podemos ver paralelos entre o anúncio dos anjos aos pastores, a música em crescendo do Messias de Handel, e a “voz de uma grande multidão” cantando louvores pela consumação de Cristo e da sua igreja:
Aleluia!
Pois o Senhor nosso Deus
o Todo-Poderoso reina.
Vamos nos alegrar e exultar
e dar-lhe glória,
pois é chegada a hora das bodas do Cordeiro,
e sua Noiva já se aprontou;
foi-lhe dado para que vista
linho fino, brilhante e puro
(Apocalipse 19.6-8, ESV)
Nesta passagem, João testemunha o anúncio do casamento celestial definitivo e a chegada da noiva de Cristo, que se adornou com uma série de vestes luminosas, próprias para uma cerimónia celestial. A interseção de Lucas 2 e Apocalipse 19 nos apresenta imagens de Cristo exaltado: primeiro, como uma criança na terra, e, depois, sendo apaixonadamente louvado e aclamado como Rei dos Reis no céu. Ambas as cenas mostram a magnitude celestial pela qual Cristo é reconhecido como supremo e soberano, e cada uma revela uma multidão celestial de adoradores dedicados a dar-lhe glória. Em ambas as passagens, reconhecemos a mesma sinfonia da salvação que proclama a presença e o poder de Jesus. Ao celebrarmos o Advento, somos convidados a abrir espaço para uma santa observação e a reservar tempo para contemplar a maravilha da sua chegada, junto com a glória do seu reinado eterno, participando da mesma sinfonia da salvação.
De que modo a contemplação dessas cenas aprofunda a nossa admiração pela vinda de Cristo e sua união com a igreja?
Quando refletimos sobre o paralelo entre a chegada humilde de Cristo à terra e o seu reinado glorioso no céu, o que isso nos revela sobre a sua natureza e o seu propósito divinos?
Alexis Ragan é uma escritora criativa e instrutora de ESL (inglês para estrangeiros); também é apaixonada por missões globais.