Leia Isaías 35

Águas irromperão no ermo e riachos no deserto. (ISAÍAS 35.6)

Shalom é a palavra hebraica que Isaías usa para descrever a paz que o Prometido trará. É uma bela palavra que exprime integridade, harmonia e saúde. Naqueles pontos em que podemos nos contentar com tréguas inquietantes e soluções superficiais como mensageiros da paz, o shalom representa algo muito mais robusto. Além da cessação da guerra, o shalom é uma transformação das próprias condições que levam à guerra a princípio.

Quando há shalom, tudo começa a funcionar do jeito para o qual foi criado. O shalom refuta a ideia da vida como um jogo de soma zero e ousa imaginar o florescer abrangente de cada pessoa e de cada coisa, tudo ao mesmo tempo. O teólogo Darrell Johnson ensina que o shalom descreve “uma integridade psicossomática-relacional-racial-econômica-espiritual”. No capítulo 35, Isaías retrata essa integridade em uma linguagem lindamente poética.

Vamos começar pela integridade psicológica que o Príncipe do Shalom pode nos oferecer. De acordo com Isaías, há uma oferta de paz que diz: “Sejam fortes, não temam” aos “desanimados de coração” (v. 4) até que “júbilo e alegria” se apoderem de nós e “a tristeza e o suspiro” fujam (v. 10).

E quanto à integridade somática (ou do corpo)? Em uma imagem vívida após a outra, Isaías descreve a cura física: Os cegos verão, os surdos ouvirão, os coxos “saltarão como o cervo” e a língua dos mudos “cantará de alegria” (v. 5-6). Até a própria criação é curada, pois “águas irromperão no ermo e riachos no deserto” (v. 6), o “deserto e a terra ressequida se regozijarão” e “o ermo exultará e florescerá como a tulipa” (v. 1).

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À medida que Isaías 35 evolui para seu ápice, nos é oferecida uma visão vibrante da integridade relacional, econômica e espiritual na imagem de um povo redimido que anda e canta junto por um caminho de santidade. Nele não há leões, como nos diz Isaías, e podemos presumir com segurança que o caminho está livre de todos os outros inimigos predatórios ou oportunistas. O povo entra junto em Sião, onde “duradoura alegria coroará suas cabeças” (v. 10).

Este shalom definitivo, como nos diz Isaías, é o nosso futuro. Mas há ainda mais do que isso. O autor Jonathan Martin sugere em Prototype que, porque o Príncipe da Paz nos dá seu Espírito, somos chamados a ser “o povo do futuro” — pessoas que praticam o shalom aqui e agora.

Neste Advento, quando você enfrentar situações em que a paz é extremamente necessária, pergunte ao Senhor: Que ação ou atitude seria mais propícia a levar essa situação a um florescer abrangente de todos e de tudo o que está envolvido? Você pode descobrir que o Príncipe do Shalom faz de você um riacho no deserto e enche sua vida de júbilo e alegria.

Carolyn Arends é música, autora e diretora de educação da Renovaré. Seu álbum mais recente é In the Morning.

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